quinta-feira, 1 de março de 2012

O RESPEITO A TODAS AS RELIGIÕES

A maior necessidade da natureza humana é a religião. A alma pede por experiência religiosa assim como o corpo pede por alimento e a mente por conhecimento. É este apetite espiritual que tem levado os homens, de todas as partes do mundo, desde os primórdios dos tempos, a buscar Deus e, às vezes, encontrá-lo.
 As principais religiões sempre foram formadas mediante a revelação divina. A revelação divina nos chega através de canais humanos que, por sua vez, contribuem com as falhas humanas das religiões. São nossas idéias sobre o Supremo, em constante mudança e aperfeiçoamento, que constituem as mais variadas religiões. É o elemento humano, dentro das religiões, que as divide. E é o elemento divino entre elas que as reúne como um fio dourado formando um imenso colar de pérolas.
Nenhuma religião é bastante perfeita para conduzir o homem a realizar a divindade em si. Toda religião tem seus pontos fortes e seus pontos fracos e acabam se completando umas ás outras. Em algumas religiões os conceitos são insuficientes ou inadequados e a organização é perfeita. Em outras as formas de cultos são elevados e nobres enquanto o ensinamento religioso é insatisfatório. A religião perfeita, que atende a todas as necessidades humanas, é um ideal. Não podemos supor que um dia venha a existir uma religião universal porque lhe faltaria conteúdo histórico, faltariam raízes, e portanto seria uma religião sem vida e artificial.
Amamos nossa religião, mas esse amor jamais deveria nos levar a excluir ou até mesmo odiar as outras. Devido á modernidade, é inevitável que tenhamos contato com as mais diferentes formas de religiões. Movidos pelo respeito, simpatia e reverência podemos, ao tentar compreender as diferenças, aprofundar e fortalecer nossa própria religião.
O homem verdadeiramente religioso visa somente a Verdade. Gandhi dizia que caminhamos de verdade relativa em verdade relativa para, um dia, chegarmos à Verdade. Como a finalidade de todas as religiões é conhecer a Deus e passar esse conhecimento aos seus seguidores, podemos ver as religiões como aliados engajados numa causa nobre, elevada e comum. Cada parte de nosso ser tem um lugar próprio dentro delas porque todas possuem elementos que visam melhorar todas as partes do nosso ser. Assim sendo, cada religião pode contribuir para saciar nossa sede espiritual.

"Eu acolho prazenteiro todos os que me procuram e honram, qualquer que seja o caminho que sigam, porque todos os caminhos, todas as formas religiosas, embora de denominações diferentes, a Mim os conduzem".
                                                                     Bhagavad Gita cap. IV, sloka 11.


Texto extraído do site:
 http://www.shanta.biz

TARÔ E ANGELOLOGIA É possível a crença nos anjos ser útil em uma tiragem de tarô.

Pelo senso comum (aquilo que é transmitido entre as pessoas sem muito aprofundamento) sabemos que os anjos estão em toda parte, que são divididos em hierarquias, que existem tanto anjos bons quanto maus, que são parte integrante da cabala judaica, e que segundo a tradição cristã, cada ser humano possui um Anjo da Guarda.
Para aqueles que estudam e crêem na atuação dos Anjos, é de se concordar que esses seres têm por objetivo nos auxiliar não somente nos momentos difíceis de nossa existência, mas também nas tarefas mais simples e corriqueiras do nosso dia-a-dia.
Mas como relacionar Anjos e tarô? Como a sua ajuda pode ser de grande eficácia durante uma tiragem? Para responder essas perguntas, antes gostaria de em poucas palavras aprofundar um pouco nosso conhecimento a cerca dos Anjos. Para tal objetivo pretendo me basear no grande teólogo e filosofo São Tomás de Aquino que em seu imenso tratado de teologia denominada Suma teológica, reservou alguns capítulos para discorrer a cerca dos Anjos e da sua relação com o Criador, com o mundo espiritual e com nós homens.
Referindo-se a diversas passagens bíblicas, Tomás de Aquino propõem uma participação muito ativa dos Anjos no governo dos homens por Deus. Para ele o alicerce dessa argumentação e a aceitação da premissa na qual “no plano da providência, os seres inferiores estão sujeitos a ação dos superiores” (Q. CIX. a.1)
Aceitando-se esse fundamento e sabendo-se que os Anjos, diferente de nós homens possuem uma natureza simples (apenas espírito) e que quanto mais simples a natureza melhor a sua percepção do todo, é de se concordar que os Anjos podem imediatamente sem recorrer a imagens ou a qualquer forma de intervenção material, iluminar a nossa consciência com sugestões, inspirações, a fim de esclarecerem dúvidas e orientar nossa vida cotidiana.
            Nossa vida é como se fosse uma grande escada iluminatória em que cada degrau que subimos, nos mostra de forma mais ampla a visão do horizonte e tendo a graça dessa visão mais ampla, porque não ajudar na iluminação daqueles que vem seguindo atrás, sendo assim, os homens sendo inferiores aos Anjos, são então por estes iluminados, da mesma forma que os Anjos inferiores são iluminados pelos superiores.
            Para Tomás de Aquino, os Anjos têm o poder de influenciar diretamente as faculdades cognitivas e sensitivas do homem, e isso ocorre considerando-se em primeiro lugar a ação sobre os sentidos e em segundo lugar a ação sobre as faculdades intelectuais dos mesmos.  Os Anjos podem influenciar nossos sentidos internos (imaginação e memória sensitiva) e os nossos sentidos externos (visão, audição, paladar, tato e olfato). É de conhecimento da ciência que nossas faculdades sensitivas estão diretamente ligadas com nosso intelecto, e os Anjos conhecedores que são de toda a criação e porque não de nosso sistema nervoso podem agir em nossos sentidos e produzir em nossa mente de forma artificial, imagens semelhantes às produzidas naturalmente.
            Como é conhecido na Bíblia os Anjos podem nos trazer boas mensagens, saúde, alegria, paz, mas também no caso dos Anjos maus, doenças, tragédias, discórdias e até mesmo a morte. O Anjo pode criar para si um corpo e animá-lo, vemos um exemplo disso no livro de Tobias, mas quero ressaltar aqui que toda intervenção dos Anjos bons ou maus, seja no mundo físico ou no espiritual só é possível se Deus, o grande senhor dos Anjos e de toda criação assim permitir.
            Segundo Archibald Joseph Macintyre em seu livro: Os Anjos uma realidade admirável, afirma que “os Anjos iluminam o intelecto do homem. Para isso o Anjo nos sugere o que deseja que conheçamos, por intermédio daquelas imagens sensíveis que ele tem o poder de formar, atuando sobre nossos sentidos externos ou sobre nossa imaginação, pondo em ação as energias latentes do nosso sistema nervoso, que são adaptadas às operações mentais e coadjuvam a realização das mesmas”.
Para nos comunicarmos com o próximo nos baseamos basicamente em um código de sinais, denominamos de linguagem falada e linguagem escrita. Mas no caso da comunicação entre os Anjos e o homem a única coisa que se faz necessária e a disposição de nossa parte para que essa comunicação aconteça. Conseguimos tal disposição através de uma vida tranqüila, da meditação, da oração, da boa vontade em ajudar o próximo, na dedicação do nosso trabalho aqui no caso sendo bons tarólogos, astrólogos, numerólogos, enfim aquilo que escolhemos fazer com amor. Mas não se preocupem porque tanto os anjos bons quanto os maus não ficam o tempo todo tentando manipular a mente humana, muitas das idéias que temos acontecem em nossa mente de forma natural sem há necessidade de se recorrer a uma intervenção angélica para algum tipo de explicação.
Estando todos os canais possíveis do nosso ser voltados para tal comunicação, como esta pode ocorrer? Digo que de uma maneira muito mais simples do que imaginamos, eles nos respondem através de uma intuição bem clara, através de uma bela musica que toca na radio, de uma frase lida em um livro, enfim são varias as formas que os Anjos podem se manifestar.
Mas e o tarô? Onde entra nessa história? Agora sim, tendo um maior conhecimento da atuação dos Anjos em nossas faculdades cognitivas e de tudo que podem fazer a nosso favor, faz-se proveitoso que em uma tiragem de tarô, minutos antes do consulente se fazer presente, que fiquemos um pouco em silêncio, em meditação, que invoquemos o Anjo da guarda tanto do consulente como o nosso para que eles retirem qualquer tipo de vibração ruim não somente do ambiente, mas da mente de ambos (consulente e tarólogo), que consigamos através da intuição dada pelos Anjos enxergarmos de uma forma diferente as laminas do tarô, para que ali no momento da consulta possamos falar para o consulente exatamente aquilo que ele ou ela precisam para traçarem um norte em suas vidas. Que a presença do Anjo em uma tiragem de tarô ajude o consulente a refletir sobre sua vida até então, que ele tenha a força dada pelos Anjos para mudar a sua vida, para ser em cada momento um personagem dos arcanos maiores e sendo assim virar com a ajuda dos Anjos, senhor de sua própria história.

Texto de minha autoria, extraído do site www.clubedotaro.com.br


REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
AQUINO, Tomás. Suma Teológica: tradução de Alexandre Corrêa, Organização de Rovilio Costa e Luis Alberto de Boni, Livraria Sulina Editora, Caxias do Sul, 1980.

MACINTYRE, Archibald Joseph. Os Anjos, uma realidade admirável, Edições Louva-a-Deus, Rio de Janeiro, 1993.

MONTEIRO, Fabio Leite. Os Anjos e a nossa felicidade, editora virtual books, Pará de Minas, Minas Gerais, 2011.

Oração ao Anjo da Guarda de São João Berchmans

Anjo Santo de Deus querido, que por divina disposição me tomaste debaixo da vossa santa guarda desde o primeiro instante do meu ser e nunca cessaste de defender-me, iluminar-me e reger-me: eu vos venero como padroeiro, amo-vos como guarda, submeto-me a vossa direção e me dou todo a vós, para ser por vós governado.
Pelo amor de Jesus Cristo vos rogo e suplico que não me abandoneis, ainda quando eu vos for ingrato, ou rebelde a vossas inspirações; antes benignamente me reponhais em caminho direito, quando dele me desviar. Iluminai-me nas minhas dúvidas, nas quedas levantai-me, fortalecei-me nos perigos, até me introduzirdes no céu, a gozar convosco da eterna felicidade . Amém.

MEDITAR NA TRANQUILIDADE


O Diamante

O Hindu chegou aos arredores de certa aldeia e aí sentou-se para dormir debaixo de uma árvore. Chega correndo, então, um habitante daquela aldeia e diz, quase sem fôlego: 
- Aquela pedra! Eu quero aquela pedra. 
- Mas que pedra? - pergunta-lhe o Hindu. 
- Ontem à noite, eu vi meu Senhor Shiva e, num sonho, ele disse que eu viesse aos arredores da cidade, ao pôr-do-sol; aí devia estar o Hindu que me daria uma pedra muito grande e preciosa que me faria rico para sempre. 
Então, o Hindu mexeu na sua trouxa e tirou a pedra e foi dizendo: 
- Provavelmente é desta que ele lhe falou; encontrei-a numa trilha da floresta, alguns dias atrás; podes levá-la!
E assim falando, ofereceu-lhe a pedra. O homem olhou maravilhado para a pedra. Era um diamante e, talvez, o maior jamais visto no mundo. Pegou, pois, o diamante e foi-se embora. Mas, quando veio a noite, ele virava de um lado para o outro em sua cama sem conseguir dormir. Então, rompendo o dia, foi ver novamente o Hindu e o despertou dizendo: 
- Eu quero que me dê essa riqueza que lhe tornou possível desfazer-se de um diamante tão grande assim tão facilmente!